Biografia do General Humberto Delgado

Humberto Delgado, conhecido como o "General sem Medo», nasceu a 15 de Maio de 1906, em Torres Novas, filho de um militar republicano.
Frequentou o Colégio Militar, cujo curso concluiu em 1922. Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia, de Vendas Novas.
Aos 46 anos foi promovido a brigadeiro e aos 47 a general – o mais novo da sua geração. De 1941 a 1943 foi o representante português a estabelecer com o governo inglês os acordos secretos referentes à concessão de bases nos Açores. Durante cinco anos chefiou a missão militar portuguesa em Washington.
Em 1944 foi nomeado director do Secretariado de Aviação Civil. Em 1945 fundou os Transportes Aéreos Portugueses e criou a primeira carreira regular da TAP (Lisboa-Madrid).
Participou nas eleições presidenciais de 1958, contra o almirante Américo Tomás (apoiado por Salazar), reunindo em torno da sua candidatura toda a oposição ao regime. Numa famosa entrevista realizada pelo jornalista Mário Neves em 10 de Maio de 1958, quando lhe foi perguntado que posição tomaria face ao primeiro-ministro António de Oliveira Salazar, respondeu com a célebre frase “Obviamente, demito-o”. Foi a frase de declaração de guerra ao regime. Devido à sua coragem de dizer em público palavras pouco respeitosas e agressivas para o regime e para Salazar, foi cognominado de “General sem Medo”. Esta frase célebre incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha.
Nas eleições presidenciais de 1958 acabou por ser derrotado, tendo contestado os resultados (obteve 25% dos votos expressos, segundo as fontes oficiais).
Em 1959, na sequência da derrota, vítima de represálias por parte da polícia política, pediu asilo político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio na Argélia.
Convencido de que o regime não poderia ser derrubado pelos meios pacíficos, procurou atrair as chefias militares para um golpe de Estado. Este golpe foi executado em 1962 e planeou tomar de assalto o quartel de Beja e outras posições estratégicas e importantes de Portugal. A revolta fracassou.
Morreu assassinado pela PIDE, em Espanha, perto da fronteira de Olivença.
Em 1990, a título póstumo, foi nomeado Marechal da Força Aérea. O seu corpo está, agora, no Panteão Nacional.

5 comentários:

milai disse...

Falta acrescentar o ano em que foi assassinado.

nova_velha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
nova_velha disse...

Peço desculpa.............
1964 !!!
Faz hoje 50 anos.

Unknown disse...

morreu a 13 de fevereiro de 1965

Humberto Baião disse...

http://mentcapto.blogspot.pt/.../314-humberto-delgado...

Nascia um mito, coisa fácil de construir entre uma população tão bruta e analfabeta quanto hoje que os novos ismos e ismas continuam fazendo dela gato-sapato. Não consta tão pouco que Humberto Delgado, o General Sem medo, tivesse alguma vez contactado os chefes das regiões militares, nem sequer o da sua arma, a força aérea, no sentido de uma qualquer sublevação contra o regime. Humberto Delgado, o homem do sorriso franco, aberto, do sorriso de orelha a orelha, do sorriso de palhaço, não merece mais que o nosso riso, não passava de um produto do regime, de um pavão emproado que não merece o nome num aeroporto, valha-nos que não o rebaptizaram de Aeroporto Mário Soares… O Pai desta democracia de